O portal O Globo publicou uma entrevista na manhã de hoje com a Hayley Williams, por e-mail a vocalista do Paramore falou de quando ama os fãs brasileiros e de como se sente ao fazer shows no pais.
Banda americana chega ao país no dia 25 para mostrar seu mais recente e experimental álbum
RIO – Nos contatos que mantinha pelas redes sociais com seus fãs brasileiros, a banda americana de rock Paramore quase sempre tinha que responder à mesma pergunta: quando iria voltar ao país para fazer shows?
— Desta vez, foi bom poder responder que será em breve. Tinha muito tempo que a gente não ia ao Brasil! — festeja, em entrevista por e-mail, a vocalista Hayley Williams.
A turnê brasileira do Paramore começa dia 25 no Rio de Janeiro (HSBC Arena) e segue por Belo Horizonte (26, na Arena Expo Minas), Brasília (28, na Arena Iguatemi), São Paulo (30 e 31, no Espaço das Américas), Curitiba (2 de agosto, no Master Hall) e Porto Alegre (dia 4, no Pepsi On Stage).
— Os fãs brasileiros fazem com que a gente se sinta a melhor banda do universo. Mas as praias até que também não são de se jogar fora! — brinca a cantora de cabelos vermelhos. — Esta turnê será bem divertida para nós porque até agora só fizemos pequenas temporadas de shows para mostrar esse disco e, na maior parte das vezes, participando de festivais nos quais tínhamos que reduzir o repertório e tocar para pessoas que nem eram fãs do Paramore. Agora, nossos shows são integralmente dedicados ao novo disco e ao nosso público. Então, a energia será insana.
Lançado em abril, “Paramore” foi um disco que, inesperadamente, conseguiu boas críticas. O punk-pop deu lugar a guitarras mais cáusticas, eletrônica e batidas dançantes.
— Era hora de crescer um pouco como banda, seja musicalmente ou em nossa amizade — reconhece Hayley. — Neste álbum, quisemos trabalhar mais duro do que nos outros. Ouvindo-o agora, eu me sinto muito bem. Não mudaria uma notinha sequer nele.
Em “Paramore”, a banda trabalhou pela primeira vez com o produtor Justin Meldal-Johnsen. O moço é baixista e diretor musical de Beck, já tocou com Nine Inch Nails e Air e produziu discos de bandas indies como o M83 e o Neon Trees.
— Justin é extremamente versátil. Ele trabalhou com tantos artistas com os quais queríamos nos parecer… Artistas cujas carreiras sobreviveram aos altos e baixos da indústria musical e que continuaram a crescer e a experimentar — diz a cantora. — Justin revelou novos lados de cada um de nós. O processo todo foi muito animador porque ele viu algo em nós que eu não sei se conseguíamos ver na época. É maravilhoso perceber agora o quanto evoluímos desde “Riot!” (o segundo álbum, de 2007) e de “Brand new eyes” (o anterior a “Paramore”, de 2009).
Segundo Hayley, o disco, na verdade, reflete a variedade sonora daquilo que a banda costuma escutar no dia a dia.
— Enquanto criávamos o disco, eu estava ouvindo muita new wave dos anos 1980. Já Taylor (York, o guitarrista), ia de Dutch Uncles e Alt-J, a boa música indie. E Jeremy (Davis, o baixista) se mantinha no hip-hop. Suas linhas no novo disco são as mais melódicas e rítmicas que ele já fez — diz Hayley.
Primeiro álbum depois da saída dos irmãos Zac e Josh Farro (que fundaram o grupo com a cantora), “Paramore” apresenta uma nova banda.
— Acho essa versão do Paramore bem mais positiva, liberada e modesta que as outras. Às vezes, você precisa passar por algo que parece impossível para realmente mudar seu coração e o tornar mais forte. Temos alguns amigos tocando conosco, mas ainda somos o Paramore — garante ela. — Vamos mostrar muitas das canções novas, mas não esquecemos das antigas. Haverá variedade para agradar aos velhos e novos fãs.