O site de notícias paraguaio ABC Color fez uma entrevista com Hayley Williams, onde ela falou um pouco sobre a turnê na América do Sul, sua carreira, personalidade e a evolução do Paramore:
Hayley Williams: a voz do Paramore: Na segunda-feira, dia 22 de julho, acontecerá no Centro de Convenções da Conmebol, em Luque, o primeiro show no Paraguai do grupo americano Paramore, liderado por Hayley Williams, que nos últimos anos obteve fama mundial com sucessos como “Decode” e “Crushcrushcrush”, entre outros.
Apesar de estar em turnê pela Europa, Williams separou um tempo para responder algumas perguntas ao ABC Color, falando sobre sua forma de lidar com a fama, a forma em que o som o Paramore evoluiu, uma banda que marcou sua vida, e logicamente, o show desse mês, que fará com que ela e seus companheiros Jeremy Davis e Taylor York a encontrar-sem pela primeira vez com seus fãs paraguaios.
Esta será a sua primeira vez no Paraguay. Como é poder ir a novos lugares, a países que não havia visitado antes?
-É incrível que estejamos tocando juntos por quase dez anos e ainda possamos experimentar coisas novas juntos. Estamos muito agradecidos.
Você e sua banda alcançaram sucesso mundial quando ainda era adolescente. Alguma vez você já se sentiu cansada por toda essa fama?
-Naturalmente, às vezes isso ainda me acontece. A principal razão é que simplesmente não nos vemos como um grupo de “gente famosa”. Nossas vidas são muito agitadas e é estranho que possamos viajar pelo mundo todo e que as pessoas nos reconheçam… mas ainda nos sentimos como o mesmo grupo de gente que cresceu tocando música junto, e queríamos estar juntos e compor músicas por diversão.
A discografia do Paramore conta com muita variedade em seus sons. Existe algum estilo de música que vocês não puderam fazer e gostariam de tentar?
-Tenho certeza que sim! Nosso último álbum foi uma experiência muito libertadora para nós como artistas. Exploramos muitos sons novos e que antes nem sequer sonhamos em tocar como Paramore. A essa altura, sinto que podemos fazer o que quisermos. Sempre que seja genuíno em sua origem.
De onde vem a sua paixão pela música? Como começou?
-Meu pai e meu avô sempre cantaram. Minha mãe foi bailarina durante a universidade. Sinto que a minha família foi suficientemente “musical” para despertar em mim um profundo amor pela música. Quando cresci e percebi que podia compor minhas próprias músicas, minha paixão pela música cresceu imensamente.
Quando conheci os garotos e percebi que eu não era a única pessoa da minha idade que amava tanto a música, soube com certeza que não havia nada mais que eu quisesse fazer.
Você passa a imagem de uma pessoa segura de si mesma, e constantemente está mudando de “look”. Como descreveria sua própria personalidade?
-Não acho que seja nem perto de ser tão segura de mim mesma como as pessoas acham. Digo, tenho os mesmos problemas de auto-estima que qualquer mulher de 24 anos teria.
As mudanças em minha aparência são provavelmente o resultado do tédio. Expressar-me é um fator importante de minha personalidade. Para mim, é importantíssimo que uma pessoa seja exatamente quem ela quiser ser, o tempo todo.
Existe algum disco ou música específica de outro artista que seja especialmente importante ou significativa para você?
-Existem muitas. Diria que “High” e “Pictures of You”, do The Cure, são realmente importantes para mim. Sou fã deles desde quando eu tinha mais ou menos 14 anos, e essas músicas ainda me soam da melhor forma possível
Em seu último álbum, “Paramore”, há uma mudança notável no estilo musical, com músicas mais lentas e melódicas. Esta é a evidência de uma banda mais madura? Como o produtor Justin Meldal-Johnsen contribuiu na criação desse som?
-Acho que amadurecemos um pouco sim nos últimos anos… Se não tivéssemos, então alguma coisa estaria errada. Se os artistas não avançam, é quase como se estivessem retrocedendo.
Justin Meldal-Johnsen foi uma grande ajuda ao facilitar que alcançássemos tudo que a gente queria. Em um momento, a gente tinha todas as ideias, mas não sabíamos como fazer do jeito que a gente queria. Ter um produtor com tanta experiência e tão versátil como nós queremos, foi como um sonho realizado. Fazer esse álbum foi a melhor experiência que tive com o Paramore.
Mudou alguma coisa no seu processo criativo depois que os Farro deixaram a banda?
-No começo do processo, Taylor e eu estávamos incrivelmente nervosos. E se as músicas não fossem tão boas? Ou se eram boas, mas não acreditássemos nelas? Queríamos que tudo fosse perfeito, e demoramos bons meses para estarmos totalmente preparados para o que íamos fazer nesse álbum.
Logo que a primeira leva de músicas foi escrita e fizemos os demos, obtivemos a confiança que necessitávamos para fazer o resto do álbum. A melhor parte é lembrar de tudo e nos dar conta que acreditávamos que era o melhor que jamais tínhamos feito.
Quais são as suas expectativas para o show no Paraguai? Viram ou escutaram algo sobre os fãs daqui?
-O mais genial da internet é que temos acesso a fãs de todos os lados, inclusive de lugares onde nunca estivemos antes. Vi “tweets” e mensagens de fãs do Paraguai, e é bastante surpreendente pensar que tem gente ali que apoia o que fazemos.
Estamos ansiosos para fazer o show.
Paramore Brasil