A versão online do reconhecido jornal “The New York Times” publicou uma review sobre o novo álbum da banda. Confira a tradução:
Após a divisão da banda, uma cantora cresce
Antes de as músicas afirmarem algo, o conjunto todo o faz. O álbum “Paramore” revela uma Hayley Williams vestindo uma jaqueta jeans com os dizeres “Grow Up” (Cresça) escritos nela. A banda estabeleceu exatamente isso no álbum, o quarto de estúdio e o primeiro desde a amarga fissura que resultou no rompimento da banda.
“Brand New Eyes”, lançado em 2009, foi o segundo álbum do Paramore a alcançar a marca de 500 mil cópias vendidas, com um impertinente pop-punk em que a senhorita Williams lutou com o romance, rancor e independência. Passou-se bastante tempo desde ter ressurgido na Warped Tour como uma heroína para os adolescentes com paixonites e crises.
Mas em 2010, após o tour de divulgação para Brand New Eyes, o guitarrista Josh Farro – que havia escrito a maioria das músicas com Hayley – e o baterista Zac Farro, seu irmão, deixaram a banda que começaram quando adolescentes, enquanto Williams permaneceu com o guitarrista Taylor York e o baixista Jeremy Davis. Josh Farro reclamou na internet sobre seu decrescente papel na banda e diferenças sobre implicações religiosas nas letras, e disse, “O que começou como algo natural, de alguma forma se transformou em um produto feito em prol de uma marca maior.”
As composições do Paramore sobreviveriam a essa separação? Sim. “Paramore” inclui 17 músicas – embora três sejam breves cantigas com ukulele – e tem mais de uma hora de duração. York é o colaborador de Williams por quase todo o álbum, e levaram a banda além do pop-punk sem abandonar o ímpeto ou os enormes e cativantes refrões.
Os brinquedinhos de produção que incluem sintetizador, violão grunge e até mesmo um glockenspiel e um conjunto de cordas na balada “Hate To See Your Heart Break”. Ele vai além do gritos de “Now” e da batida caribenha estilo No Doubt em “Grow Up”, em que o refrão reafirma “Alguns de nós tem que crescer de vez em quando/ Então, se for preciso, eu vou te deixar para trás.”
É fácil ouvir a recente história da banda na música de abertura do álbum, “Fast In My Car”, que tem Williams cantando “Nós três éramos iniciantes/Tivemos que aprender a lidar,” e em “Now” que alerta “Não tente tirar isso de mim.” Em “Interlude: Moving On”, uma das músicas com ukulele, Williams ignora, “Deixe-os tocarem suas músicas/ Deixe-os dizerem o que é certo e errado.”
Mas “Paramore” também tem músicas de alegria, amor inabalável, como “Still Into You”, e convites a trocar vulnerabilidade por compromisso, como “Proof” e “Be Alone”. Outro lado amadurecido do álbum está nos vocais de Williams, que assumiram seu lado sutil ao invés das reclamações anteriores, em um emergente senso de humor. “(One Of Those) Crazy Girls”, que funde grupos femininos pop dos anos 60 com guitarra sem distorção, apresenta a cantora em uma situação de ser rejeitada, se transformando em uma perseguidora: “Derramei meu coração em sua caixa postal/ Saiba que peguei um ônibus pro seu lado da cidade.”
Em “Interlude: Holiday”, Williams promete “seguir em frente para enfrentar problemas de uma garota grande/Sem mais dramas escolares.” O reformulado Paramore está pronto.
Via: HayleyBR