A Spin conseguiu uma entrevista exclusiva com Hayley durante a passagem da banda pelo Reino Unido, no qual Hayley falou sobre a The Self-Titled Tour, que começará em Outubro, Parahoy e mais:
A vocalista de personalidade forte explica de onde veio a ideia de um cruzeiro temático e o que significou alcançar o 1º lugar com o “Paramore”
Paramore pode não ter o título oficial de “Hardest Working Band” do mundo, mas uma olhada na agenda deles prova que eles são concorrentes fortes. Desde o lançamento do seu álbum autointitulado, em abril, criticamente elogiado quarto álbum (e primeiro número 1 no Top 200 da Billboard), o trio do Tennessee tem feito shows em todo o mundo. Neste outono, eles estão prontos para embarcar na Self-Titled Tour, juntamente com Metric e Hellogoodbye, os quais eles levarão em arenas de todo o país.
Antes disto, a banda esteve na Inglaterra para dois shows na Wembley Arena. Nós conversamos com a vocalista Hayley Williams por telefone, enquanto ela desfrutava de uma oportunidade rara na casa da família da esposa do baixista Jeremy Davis. Nervosa e animada para este próximo passo na evolução do Paramore, Williams falou sobre o impacto do novo disco, o que a banda espera conquistar nesta turnê, e se esquecer de enviar e-mail aos seus heróis.
Spin: Vocês vão começar a Self-Titled Tour, que é a primeira vez depois de um tempo que se apresentarão nestas grandes arenas dos EUA. Qual é a diferença entre tocar em lugares grandes e tocar para 3000 pessoas?
Hayley: Nós estamos tão animados. Um pouco nervosos também. Se passaram 3 anos desde que fizemos uma turnê decente nos EUA. Só o fato de o nosso agente de turnê e o nosso empresário terem achado que poderíamos fazer uma turnê em arenas neste ano já nos deixou muito animados. Temos feito juntos a maior produção que já fizemos, e a maior setlist de todas. Parece real. E isto é tão louco, porque quando estávamos no estúdio, nada parecia real. Parecia que estávamos esperando que um piano caísse do céu! É louco que uma turnê em arenas vai acontecer. Estamos prontos para mostrar a banda que podemos ser.
Spin: Esta turnê muda o que vocês esperam que a banda possa se tornar?
Hayley: O mais importante para nós foi escrever este álbum. Eu achava que tivéssemos crescido muito durante os três últimos álbuns, mas quando começamos a gravar este, foi diferente. Ouvíamos as demos repetidas vezes e era como “Isto é Paramore? É tão bizarro! É interessante.” Isto nos deixou realmente animados. Tínhamos que lançá-lo no ar, no mundo. Foi um acontecimento muito importante para nós, nos surpreendeu, e acho que fazer esta turnê em arenas é o próximo passo. Podemos trazer o Paramore (álbum) para a vida. Será uma boa forma para descobrirmos o que queremos ser exatamente, e quem somos.Spin: Alguma das músicas novas se destacou por ter ficado diferente ao vivo do que vocês esperavam?
Hayley: Começamos a tocar “Daydreaming”, e para mim, tem sido muito bom tocá-la. É como se fôssemos a melhor banda do mundo quando a tocamos. É muito bom. “Last Hope” é muito especial também. Sempre pensamos que seria. Amamos tocar músicas rápidas. Elas são muito divertidas, mas algo que eu não tenho certeza se as pessoas sabem sobre nossa banda é o quão emotivo o show pode ser. Ter milhares de pessoas cantando com a mesma ideia, e talvez todas com sentimentos diferentes e conectadas de formas diferentes, embora juntas em algo comum – para mim, isso é o que o Paramore é.Spin: Metric and Hellogoodbye se unirão a vocês nesta turnê. Vocês já conversaram com alguma delas?
Hayley: Sim! A razão pela qual temos ukeleles neste álbum é 100% devido ao fato de que fizemos um show como o Hellogoodbye no Havaí há dois anos, e tocamos com o ukelele do Forrest (vocalista) antes de entrar no palco. Voltamos para casa imediatamente e compramos um, e o usamos durante o processo de composição. Então Hellogoodbye, somos próximos. Fizemos um show com eles, mas parece que fizemos mais. Nunca conhecemos ninguém do Metric, mas somos grandes fãs deles. Peguei o e-mail da Emily e pretendo escrever para ela, mas esqueço. Esta sou eu: esqueço tudo!Spin: Desde que o álbum foi lançado, vocês tem estado em turnê sem parar. Tem sido difícil medir o impacto do novo álbum?
Hayley: Tivemos aquele momento em que descobrimos que foi número 1. Nos reunimos e comemoramos na rua da minha casa no Tennessee. Foi incrível, mas é engraçado o quão rapidamente… isto não desaparece, mas você começa a trabalhar mais e a fazer shows, e as coisas ficam difíceis. É muito fácil se esquecer de se orgulhar e se animar. Não de uma forma desagradável, mas sempre vai ter algo novo para se conquistar, alguma meta nova. Pode começar a parecer uma corrida, mas há momentos em que diminuímos a velocidade o bastante para pensarmos, “Realmente estamos fazendo isso, o álbum está em primeiro lugar.” – é a primeira vez algo assim acontece com a gente.Spin: Falando sobre coisas novas, vocês têm o cruzeiro do Paramore, Parahoy!, no ano que vem. Quando vocês decidiram que a banda precisava fazer um cruzeiro?
Hayley: Recebemos uma ligação do nosso agente de turnê. Ouvimos as ideias de cada um, e essa foi uma das ideias bizarras dele: “Vocês já quiseram fazer um cruzeiro?” E então falamos, “Você sabe, nunca quisemos, mas agora queremos!” É louco, porque eu achei a ideia tão boa para ser verdade. Tipo, as pessoas realmente vão gastar dinheiro para ficarem presas em um navio com música alta por um final de semana? Mas então pensei, “Duh, claro que elas vão querer fazer isto, porque é incrível!”.