Há alguns dias, a banda lançou um livro gratuito, “Writing the Future”, para iPad, que conta a história por trás da criação do álbum autointitulado, e também inclui fotos e vídeos do tempo que eles passaram no estúdio.
A história do Paramore começou há quase uma década, com um início ambicioso, aumentando para os pontos altos de sonhos se tornando realidade. Ao longo da carreira de sucesso da banda, houve momentos épicos e reviravoltas que mudaram a narrativa, mas enquanto os últimos anos colocaram o trio em uma estrada menos movimentada, eles voltaram com um álbum autointitulado impressionante, que mostra como Hayley Williams, Jeremy Davis e Taylor York encontraram uma solução.
Com vários discos de ouro e platina em seu currículo, o Paramore vem causando uma cena em todo o mundo desde a sua chegada em 2004. Seu álbum de estreia de 2005, “All We Know is Falling”, alcançou o status de ouro em quatro países, e a energia impactante de “RIOT!”, de 2007, finalmente lançou a banda em uma grande aventura com a ajuda de singles memoráveis como “Misery Business” e “That’s What You Get.” A admiração dos fãs cresceu exponencialmente, e seu álbum de 2009, “brand new eyes”, contendo o belíssimo single “The Only Exception”, ajudou a ganhar fãs para toda a vida.
Desde seu último álbum, a banda se tornou um trio, que “criou uma força” no grupo, diz Williams. Ela, Davis e York tiraram férias de dois anos da turnê, que os permitiu a pegar fôlego e ganhar uma nova perspectiva. Esse novo ponto de vista ajudou a influenciar a miscelânea de faixas em Paramore, que a banda diz que definem quem eles são hoje.
“Nossa amizade impulsionou o álbum”, acrescenta Williams. ”Nós três trabalhamos muito, mas nos divertimos muito também. Você pode ouvir isso nas músicas.”
A decisão de dar o nome da banda para o álbum foi fácil, especialmente tendo em conta este momento excepcional na carreira do grupo. ”A maioria das bandas autointitulam o seu primeiro álbum. É a introdução deles ao mundo”, diz Williams. “Nunca fizemos isso. Acho que talvez seja porque só agora entendemos o que o Paramore é.”
Enquanto o som único do Paramore que os fãs conhecem e amam ainda está preservado no novo álbum, a banda explora um novo território, oferecendo uma mescla de pop, rock e até músicas com influências doo-wop e com corais gospel. Embora conhecido por seu papel como o guitarrista da banda, York intensificou como um jogador importante no processo de composição desta vez, ajudando a expor as facetas mais criativas da banda. ”Nós não tínhamos ideia do que estávamos fazendo em 85% do tempo em que estávamos compondo e gravando o álbum”, Williams explica o comprometimento. ”Parecia como o começo de tudo, mas de um jeito bom. Nós deixamos a inspiração nos guiar, e para nossa sorte, nos guiou para lugares muito legais.”
“… só agora entendemos o que o Paramore é.”
O produtor Justin Meldal-Johnsen, que já trabalhou com o Beck e produziu o último álbum do M83, ajudou a orientar e mostrar as explorações da banda. “A versatilidade e a curiosidade artística de JMJ ajudaram em todo o processo”, diz Williams. ”Ele ama sons, músicas, e embora sua experiência musical seja óbvia, ele também não estava com medo de experimentar coisas novas. Aprendemos muito com suas produções. Principalmente, foi libertador trabalhar com alguém não que não está muito a fim do passado da nossa banda, mas está mais interessado em nosso futuro.”
O primeiro single de Paramore, “Now”, define o tom do álbum com letras como: “If there’s a future, we want it now” (“Se existe um futuro, nós o queremos agora”). A música serve como uma declaração da banda, ao abrir uma nova porta para o resto do álbum. “Acho que ‘Now’ serve como um começo e um fim para apenas um capítulo do Paramore”, Williams declara. ”Há muito mais que queremos compartilhar de nós mesmos, como banda, com os nossos fãs, mas precisava começar com uma mensagem. Algo desafiadoramente esperançoso.”
Essa energia se estende a outras faixas de destaque no álbum, como “Last Hope”, ”Still Into You”, “Ain’t It Fun” e “Hate to See Your Heart Break”, todas que empurram as linhas sonoras do Paramore. ”Essas músicas ultrapassaram as nossas expectativas do que éramos capazes de fazer como banda”, explica Williams. “Musicalmente, liricamente… Elas são uma extensão de nós e nossas experiências. Nós nunca poderíamos ter feito esse álbum antes de agora.”
Ao longo dos últimos dois anos, Williams, Davis e York tiveram tempo para acordar, e eles estão orgulhosos de apresentar o que eles acreditam ser uma verdadeira representação do que eles realmente são. Há uma honestidade inegável na música, que Williams descreve como um esforço para “obter um controle sobre a nossa realidade e celebrá-la um pouco, também.” A banda está animada para compartilhar seu quarto álbum com seus fãs, e ansiosa para ver a reação deles. Afinal, como Williams diz, seus fãs são “aqueles que vão fazer nosso passado sumir e se tornar algo maior do que nós.”
“A verdade é que eu mal posso acreditar em tudo isso.”
A essa altura da história do Paramore, muita coisa foi contada. O passado não pode ser contado em uma linha reta, e seus altos e baixos acabaram colorindo toda a sua experiência. Embora ainda tenha muitas páginas em branco a serem preenchidas, a banda nunca esteve tão pronta para escrever os próximos capítulos, e quando a heroína humilde faz uma pausa para refletir sobre tudo o que aconteceu até agora, ela suavemente admite, “A verdade é que eu mal posso acreditar em tudo isso.”
Via: HayleyBR